Litro da gasolina chega a quase R$ 7 em postos na região do Sertão Central do Ceará

O preço do litro da gasolina comum nos postos da maioria das cidades do Sertão Central do Ceará chega a quase R$ 7, 00. O consumidor, a cada dia, sente o peso dos aumentos constantes que afeta não só quem possui veículos, pois quando os combustíveis sobem de preço afeta toda uma cadeia produtiva, gerando consequências que são sentidas por todos.


A redação do Ibaretama Net registrou na manhã da quarta-feira, 09, o valor de R$ 6,97 em posto localizado no bairro Carrascal, em Quixadá. O valor é semelhante ao cobrado por outras empresas em toda região. Em Ibaretama, por exemplo, o valor o litro de gasolina comum para o consumidor final é R$ 7,00.


E as notícias do mercado financeira não são nada animadoras. Essa semana, por exemplo, os especialistas já alertaram para um cenário de mais aumentos, o que acontece, segundo eles em decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia, defasagem e câmbio.


De a cordo com reportagem da CNN Brasil, a semana começa com o barril de petróleo cotado a R$ 619,03 no mercado internacional.


O cenário mundial lança uma previsão ainda mais crítica de elevação de preços, com a guerra no leste europeu. Há 52 dias os valores da gasolina não são reajustados pela Petrobras.


Diego Malagueta, doutor em planejamento energético e professor da UFRJ, explica como o conflito altera o comportamento do mercado.


“Com os ataques à Ucrânia paira a incerteza se haverá disponibilidade de recursos energéticos. Com isso, algumas nações tendem a se mobilizar para fazer reservas de petróleo. Países importadores antecipam suas compras para aumentar estoques e exportadores podem diminuir a saída de produção para guardarem para si. O resultado direto é a subida dos preços e consequentemente, do dólar”, explica.


O cenário é de preocupação. Em 2021, o Brasil chegou a 10,06% de inflação oficial, aferida pelo IBGE. A gasolina correspondeu a 30% deste total.


Somando a outros derivados, mais da metade da inflação foi impulsionada pelo mercado energético. Mesmo com o fim dos conflitos no leste europeu, a normalização dos preços, segundo os especialistas, ainda vai demorar.


“Petróleo está sim subindo e não há dúvida disso. E dificilmente irá voltar, mesmo se pacificar, não vai acontecer tão cedo. A cada atraso do reajuste, aumenta a defasagem. Considerando que ela (Petrobras) mantenha a política de preços, aumenta a defasagem e a aumenta a probabilidade de que venha sobrepreço de gasolina e diesel na refinaria, que reflete nos postos”, explica o professor da FGV.